Entender como funciona uma perícia odontológica judicial é essencial para quem participa de um processo que envolve avaliação técnica em odontologia legal. Esse tipo de perícia é solicitado quando o juiz precisa de esclarecimentos confiáveis sobre questões odontológicas que influenciam diretamente o resultado da ação. A seguir, apresento um passo a passo didático que mostra como o processo realmente acontece e onde entram o perito odontológico e o assistente técnico odontológico.
1. Nomeação do perito odontológico pelo juiz
Tudo começa quando o juiz identifica que o processo depende de prova técnica. Nesse momento, ele nomeia um perito odontológico que terá a função de realizar a perícia odontológica judicial. Esse profissional atua como auxiliar da Justiça e deve conduzir todo o trabalho com imparcialidade, seguindo normas técnicas e éticas.
A partir da nomeação, as partes podem indicar seus próprios assistentes técnicos odontológicos. Eles têm papel crucial no acompanhamento do caso e garantem que a avaliação odontológica judicial seja completa, transparente e fiel aos fatos apresentados.
2. Definição dos quesitos e participação das partes
Após a nomeação, advogados e assistentes técnicos enviam quesitos. São perguntas direcionadas ao perito para orientar a perícia. É nessa etapa que a perícia ganha profundidade, já que os quesitos ajudam a esclarecer pontos como suposto erro odontológico, falha em implantes dentários, problemas funcionais, danos estéticos ou qualquer situação que motivou o processo judicial.
✔︎ A parte que tem um assistente técnico odontológico bem preparado costuma apresentar quesitos mais fortes
✔︎ Quesitos bem formulados influenciam diretamente na qualidade do parecer odontológico judicial
A diferença entre perito e assistente técnico em odontologia também fica evidente aqui. O perito atua para o juízo, enquanto o assistente técnico atua para uma das partes, contribuindo com análises próprias e oferecendo contrapontos técnicos quando necessário.
3. Agendamento e realização da avaliação pericial
Depois da organização dos quesitos, o perito marca a avaliação odontológica judicial. Dependendo do caso, essa etapa pode incluir:
✔︎ Exame clínico
✔︎ Análise de radiografias
✔︎ Avaliação de prontuários e documentos
✔︎ Estudo de imagens fornecidas pelas partes
✔︎ Entrevista técnica
É comum que o assistente técnico odontológico acompanhe a perícia. Sua presença assegura que tudo ocorra de forma correta e que nenhum detalhe seja ignorado. Além disso, esse profissional pode orientar o cliente antes da avaliação, explicando como funciona a perícia odontológica e qual a importância de fornecer informações claras e completas.

4. Análise técnica e elaboração do laudo odontológico
Após a coleta de dados, o perito inicia a fase analítica. Aqui ele avalia todas as informações, revisita as imagens, compara documentos e analisa tecnicamente cada quesito. O objetivo é produzir um laudo odontológico claro, fundamentado e útil para a decisão judicial.
Esse laudo pode esclarecer pontos como:
✔︎ Se houve ou não erro odontológico
✔︎ Se o tratamento seguiu padrões aceitáveis
✔︎ Se o dano alegado tem relação direta com o procedimento realizado
✔︎ Se o material utilizado estava adequado
✔︎ Se existe responsabilidade técnica do profissional ou da clínica
Paralelamente, o assistente técnico odontológico pode produzir seu próprio parecer técnico para apresentar a versão da parte que representa. Em casos de grande complexidade, esse parecer é decisivo para mostrar ao juiz interpretações alternativas do mesmo conjunto de fatos.
5. Entrega do laudo e possibilidade de impugnação
Com o laudo odontológico pronto, o perito o entrega ao processo. A partir daí, advogados e assistentes técnicos analisam o documento cuidadosamente. Se alguma informação estiver incompleta ou imprecisa, ou se o laudo não responder adequadamente aos quesitos, as partes podem solicitar esclarecimentos ou até impugnar trechos específicos.
Essa fase mostra a importância da consultoria odontológica judicial. Ter um assistente técnico capacitado aumenta significativamente a segurança do cliente, já que ele identifica inconsistências, prepara manifestações técnicas e orienta o advogado sobre como proceder diante do conteúdo do laudo.
6. Contribuição da perícia odontolegal para a decisão do juiz
A perícia odontológica judicial tem peso enorme no resultado do processo. Em muitos casos, ela é a prova técnica principal e pode definir responsabilidade profissional, valores indenizatórios, vínculos causais e até a procedência ou improcedência da ação.
Por isso, compreender o passo a passo e contar com acompanhamento técnico qualificado é determinante para quem está envolvido em um processo desse tipo. A atuação conjunta de perito e assistente técnico forma uma interface valiosa entre odontologia e direito, garantindo maior precisão técnica e segurança jurídica.
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